segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O uso desproporcional da força





(Adoro esta foto. Já lá vão seis anitos...)






Ainda não foi hoje que saí de casa. Já só falta colocar a pulseira electrónica para me sentir uma verdadeira prisioneira. Mas recomecei a trabalhar, aqui da filial da Parede. Estou francamente melhor, mas ainda muito debilitada, penso que pela gripe. Dores no corpo, na garganta, pernas trémulas, muita tosse (e ranhoca, desculpem dizer) assim como alguma fraqueza geral tiram-me a coragem para pôr um pezinho na rua ou contactar de forma directa com outros seres humanos (potencialmente contaminados com este viruzinho da gripe que por aí anda). Pelo sim, pelo não, enquanto não me sentir mais forte, mais vale ter cuidado e proteger-me de uma recaída. Depois do que sofri nesta quadra dita festiva, quero preservar ao máximo este mau estar que sinto agora, como se fosse uma coisa boa, que, acreditem, é. Quando me perguntam se estou melhor, digo que sim, feliz, agora só tenho uma gripe brutal, e persistente, que não há maneira de se ir embora. Mais nada. Foi-se o resto, o que verdadeiramente custa e que, do mais fundo do meu coração, desejo a todos vós que nunca saibam quanto. É uma violência física e psicológica que, a haver justiça, só alguém muito mau poderia merecer. E nunca eu ou tantas outras pessoas que se vêem de repente assim, sem saber o que fizeram para que um raio fulminante lhes tenha caído na cabeça, como um castigo dos deuses. Nunca aquela pergunta (estupidamente) comum faz tanto sentido: Ó Meu Deus, mas que mal fiz eu para merecer isto? E como sei que não vão encontrar nada que o justifique, por aqui me despeço, de consciência tranquila. Ainda se fosse uma hérnia discal, daquelas que dão dores horríveis, mas tratam-se, aí, sim, ainda arranjava umas valentes desculpas. Mas assim não, a isto se chama, em linguagem mais ou menos policial, o uso desproporcional da força. Não era para mim.

Beijocas,
T.

5 comentários:

Anónimo disse...

Esta gripe é uma brutalidade, também já não saio de casa desde dia 24... :((
Fazes bem em te manter "presa",já que isso te faz melhorar, logo logo estás mais forte.
Quanto à pergunta em questão, penso que não há resposta, pois embora possa parecer nada tem a ver com castigos. Sei que não é fácil, mas concentra-te na força, na cura. Espero que já tenhas começado a ler o livro te que te dei...
Beijos grandes mana Grande
m

Anónimo disse...

E é exactamente a SUA FORÇA que vai combater esse mal que tanto a atormenta e revolta. A juntar a isso também a Força dos que a rodeiam e torcem veementemente que volte à "actividade" a 100%.
MUITOS BEIJINHOS e que o Novo Ano traga coisinhas muitos boas.
Carla

Anónimo disse...

Por tudo, estes não estão a ser tempos fáceis, mas tens de tentar ver mais além e ter em mente que, como tudo, isto também vai passar. O ano que agora vai começar vai trazer coisas boas. orque depois da tempestade vem a bonança. Quanto aos porquês... não sei se algum dia haverá respostas. Mas não vale a pena perderes tempo e forças com isso. concentra-te na vida. Um beijo grande.

Anónimo disse...

Não vale a pena pensar muito no porquê eu? Não há resposta plausível. Eu costumo pensar "se acontece aos outros também me pode acontecer a mim", mas entendo a tua revolta.
Concentra-te nessa tua força para vencer.
O ano 2009 vai trazer-te essa cura
porque tu mereces e todos nós estamos com as nossas mensagens, a torcer com muita força pela tua cura

Beijos

São

Filipa disse...

Não há resposta a esse porquê! Agora sei a resposta que irás ouvir no futuro: "- PORQUE LUSTASTE E TIVESTE A MAIOR FORÇA DO MUNDO!" É nisso que tens que te concentrar e ACREDITAR! O novo ano vai-te trazer mais força para a tua cura e mais ânimo! Não é nada fácil a tua dor, tens que acreditar e ter força, força, força! Estamos cá para te apoiar em tudo, por isso... Um 2009 cheio de força para ti! Beijinhos