domingo, 4 de julho de 2010

Lixo emocional

Continuo em arrumações mas está a ser (ainda) mais difícil do que imaginei. Arrumo, arrumo, deito fora, deito fora, faço sacos para dar, já fui entregar alguns, mas... há tanto por fazer. Como é possível? A minha casa, garagem e sotão incluídos (esse é que o problema maior pois fui, durante anos, "arrumando" para baixo e para cima) desafia as leis da física e, mesmo já sem cerca de três toneladas de entulho, mantém-se intactamente cheia de tralha. Sim, eu tenho um problema...

...Desde pequena que arrecado tralha. Está-me nos genes, tenho de revelá-lo (que Deus tenha o meu avô que não lhe escapava um prego na rua), e o que vem no nosso código original custa muito a modificar. Não se troca assim de ADN por dá-cá-aquela-palha. Qualquer porcaria adquire, para o meu coração sensível, uma enorme carga emocional, completamente disparatada para a maioria dos observantes. Tenho cadernos da escola primária, estatísticas de jogos de basquete, cartas e postais de amigos, porta-chaves, chaves também, moedas e notas antigas... E não consigo deitá-los fora. Socorro!!
E, desde que tive uma criança, passei a acumular por mim... e por ela também. A pobrezinha ainda não sabe mas, caso eu não consiga desfazer o que entretanto já foi levado a cabo com sucesso, já é proprietária de um bastante considerável espólio de lixo. As roupinhas e sapatinhos de bebé mais marcantes, a chucha número um, os milhares de desenhos feitos na escola ou em casa (ou em qualquer lugar), muitos brinquedos que têm escapada aos milhões que temos dado e com que ela não brinca há anos, enfim, um rol infinito de inutilidades que andam por todo o lado a apanhar pó.

Bom, vou voltar ao batente, foi só um desabafo.
Beijos,
T.

P.S. Só para terminar: quando mudei de casa, há seis anos, deitei fora as minhas colecções de revistas, que enchiam a garagem da altura. Pois nem imaginam o desgosto que me causa, agora, não as ter... Eram história da minha história...


PS2 Ainda deu tempo para ir lá baixo à praia tirar um foto para vocês verem que tem valido a pena tanto esforço físico, tenho emagrecido a olhos vistos.


16 comentários:

Trintinha disse...

Boa, querida Teresa! ;)
Eu percebo! Quando mudei de casa, havia um saco com todas as minhas coisas da escola (primária e ciclo), cadernos, testes, etc. Por erro, esse saco foi para o lixo e ainda hoje (passados 10 anos) tenho muita pena e fiquei bastante zangada com os meus pais na altura! É claro que acumulamos tralhas sem jeito, mas...eu aposto que a Joana vai gostar muito de ver a chupeta e todas essas coisas quando for maior (digo eu, que também sou um bicho de objectos emocionais)...
Eu que não sei se acredito em signos, mas que lhes acho grande piada,sei que dizem que os caranguejos são muito apegados emocionalmente... a tudo! Se calhar nem os objectos escapam! ;)
Um beijo enorme, continuação de boas limpezas (físicas e emocionais, por acréscimo!).

Maguie Barreira disse...

eu tb guardo tantas coisa do meu filho desde roupas a cadernos escolares brinquedos enfim uma catrefa de coisas que têm um significado especial..

estás cada vez mais magra hehehehheh giraçaaaaaaaaa
beijocasssssss
..

Gatapininha disse...

Oi Teresa
Tens de me dizer qual é a dieta hehehe
Continuação de boa arrumação.
jokas

Nela disse...

Ora aí está um mal de que não padeço. Nada mais fácil do que deitar fora.
Guardo tudo no coração sob a forma de memórias emotivas, mas sem objectos que o comprovem.
Boa semana. Bjocas

Natália Fera disse...

Teresaaaaa
Como conseguiste emagrecer desta maneira,eu ando á mais tempo que tu nas limpezas e nem um graminha a menos...estou cheia de inveja eheheh
Tralha e recordações ?
um dia destes ainda meto umas fotos no blogue para veres o que eu guardo.
Beijinhos e boa semana.

Teresa disse...

Olá, amigas, obrigada pelas vossas visitas.

Que sorte tens, Nela, esta coisa de uma pessoa se apegar a tralha é uma pequena desgraça. É mesmo, Janine, somos uma caranguejolas sentimentais.

Mostra, Nat, mostra lá isso, eheheh, serás pior do que eu?

Maguie, Sandra, ainda bem que notaram, é uma dieta fantástica, não é? E acessível a qualquer uma de nós, eheheh

Beijinhos,
TeresaP

Susana Neves disse...

Hihihi,

a minha Leonor, tal com a tua Joana, também já tem uma bela colecção de tralha que a mãe teima em guardar.

Não exageres no desapego, depois podes arrepender-te, como aconteceu com a colecção de revistas

Beijinhos

Anónimo disse...

Mana, deita tudo fora!!!
Eu como sabes mudei de casa... aliás passei a vida a mudar de casa e com elas me fui desfazendo de quase tudo...
Uma das coisas que ADORO é ver-me livre das coisas...
Guarda uma ou outra... a primeira chucha, não a segunda, nem a terceira...
O apego não serve para nada e devemos livrar-nos dele tanto o emocional como o material... na minha modesta opinião...
Beijos e boa sorte!!
Está um espectáculo essa foto, bem sei que é duro tanto esforço físico, mas vale a pena!

m

angelina disse...

olà amiga bonita
eu tambem quero a receita para emagreçer .
beijinhos e uma feliz semana

lucinda maria disse...

Gostar, gostar, foi mesmo da foto.
Eu quero com urgêencia essa receita para emagrecer.
Como serão essas arrumações que têm um efeito tão extraordinário????
Continuação de boas férias e toca a despachar com as tralhas para aproveitar uma paia, mas sem grande sol.
Beijocas muito grandes.
Cinda

Anónimo disse...

Ora....eu estou como a tua irmã...deito fora, fora, for..mas tenho um "guarda tralha" cá em casa que me dá cabo deste desapego...
O meu mais que tudo adora "guardar"! Engordou um bom bocado e não é que se agarra que nem lapa a toda a roupa que não lhe vai servir nunca mais???? Acho que como detesta ir às compras e todos os dias começa a dieta que..também todos os dias prescreve aos pacientes (devem achar que não é muito fiável essa dieta...)detesta desfazer-se da roupa velha e dos tempos de magrinho...
Quanto aos objectos dos meus filhos, os tais mais significativos...bem....tive uma inundação neste Inverno...foi tudo....com a água!
Beijocas (o livro que em tempos sugeriste, vale a pena???) E não vens trazer a Joana à avó??? Se vieres...temos que nos encontrar..
TeresaM

Anónimo disse...

Márcia disse:

Ài Lindona,e,eu que junto cartinhas desde o tempo de namoro,e,que são muitassss,depois as dos 3 filhos,e agora do netinho...úiiiii.Haja papéis e fotos.
Mas já andei nas arrumações tbem e muita tranqueira se foi,só que a passos de lesma,e ainda com os braços duros(não consegui liberação do plano de saúde para fazer a fisioterapia...ainda)
Olha, a foto está linda,agora não precisa mais de sucos de cebola...eheh
Beijins

Madalena disse...

Bem Teresa é preciso muita coragem e ver os programas da Oprah e dos outros que deitam a roupa toda fora. Também me apetece. Mas eu estou como o marido da TM: pode ser que ainda me sirva um kilt que comprei na MIgacho do Centro Comercial de Alvalade há 33 anos. Nem sabias que lá tinha havido uma MIgacho, não era? É isso, uma blusa que comprei em Londres há 30. Vê lá tu a qualidade dos meus apegos!!!! Beijinhosssssssssssssssssssssssssssssssss

Anónimo disse...

heheheh Madalena..hohohhoh a Migacho era um "must" (have...)
TM

Madalena disse...

Tu lembras-te???? Acho ue ainda há uma Migacho nas Amoreiras. Jinhos a todas

Anónimo disse...

Hi there, I know you do not like quotes, this one here may have a lot more to do with me than you, but I just cannot resist to share. te amo, ml

"And the day came when the risk to remain in the bud was more painful than the risk it took to bloom." [...] To change skins & evolve into new cycles, I feel one has to learn to discard. If one changes internally, one should not continue to live with the same objects. They reflect one's mind and psyche of yesterday. I throw away what has no dynamic, living use. - Anais Nin