Extraterrestre ou travesti?

Há já uma semana que ando de peruca. Do ponto de vista do utilizador, estou perita na matéria. Já não sobe, já não desce, já não sai do seu lugar, encontrei o equilíbrio do elástico que lhe dá o aperto certo. No problem.
O teste dos vizinhos foi passado com sucesso: durante o fim-de-semana, nas redondezas de minha casa, ninguém olhou para mim duas vezes.
O mesmo já não se passou hoje no regresso ao trabalho. Com a maior das simpatias, muitos foram os colegas que me abordaram e me endereçaram palavras de apoio, que agradeço. O que não me sai do pensamento é a fantasia de que toda a gente olha para o meu cabelo como se eu fosse um extraterrestre ou mesmo um travesti. Já sei que não é verdade, que até estou gira, ok, ok, mas ainda vou demorar uns dias a pôr a cabeça no lugar (nem das expressões consigo fugir) e acreditar que um gesto mais impetuoso, meu ou de outrem, não irá fazê-la cair. O cúmulo do ridículo, ou da segurança: tenho um espelho de pé em cima da secretária, para onde vou espreitando durante o dia (nesta foto).

Hoje já trabalhei até às nove e meia da noite! É só às segundas, mas o deslize não passou despercebido e recebi o telefonema de censura: "Mamã, já está a dar as Winx e tu ainda estás no trabalho!" Vim a correr para casa!

Beijos,
T.