A escapar...

Sei que toquei muita gente com o meu último post, magoei mesmo algumas pessoas e tenho questionado o meu direito a desabafar em alto e bom som, doa a quem doer.
Acreditar que, de vez em quando, podemos de ser o centro do mundo e, se possível, fazê-lo mesmo girar à nossa volta, talvez não se trate de um acto de egoísmo puro e duro (não é defeito que me assente) mas antes de uma fraqueza (podemos também ler defesa) a que esta doença nos "obriga" como compensação por tudo o que nos faz passar... (Espero que seja um ponto de vista defensável.)

Agora, as realidades dos factos:
+ Os novos comprimidos parecem estar a fazer efeito, uma vez que os marcadores tumorais baixaram. A dúvida mantém-se na capacidade do meu corpo aguentar a sua extrema e manifesta toxicidade. Vou fazer novos exames e as próximas semanas serão importantes.
- Uma coisa que eu só percebi hoje é que o CEA não subiu por causa daquela velha metástase óssea que voltou ao activo. Continuamos, portanto, em aberto quanto ao que o bicho mau me anda a querer oferecer. Por mim, prefiro não chegar a saber, pois seria sinal de que esta medicação tinha dado cabo do "projecto".

Entre boas e menos boas notícias, alguém se há-de continuar a escapar...

Obrigada pela fé, pela força, pelo amor, pela amizade, pelo carinho, por tudo e tudo.

Beijo,
T.